Por Marco Speziali
A celebração do golpe de 1964 como um “Movimento Democrático” é uma atividade que levanta sérias questões legais e éticas. Ao fazer apologia de ações que resultaram na abolição violenta do Estado de Direito e na deposição do presidente legitimamente eleito, João Goulart, os defensores desse golpe estão, de fato, endossando crimes tipificados nos artigos 359-L e 359-M do Código Penal brasileiro.
Essa postura não apenas desrespeita a ordem democrática e a legitimidade do governo eleito, mas também desencadeia uma série de reflexões sobre o papel das Forças Armadas na história do Brasil. O silêncio dos comandantes das três Forças diante dessas celebrações controversas do Clube Militar é, no mínimo, preocupante e pode ser interpretado como uma forma de conivência.
Em suma, a glorificação do golpe de 1964 como um ato democrático é não só uma afronta à memória daqueles que sofreram sob o regime militar, mas também uma afronta à própria noção de democracia e Estado de Direito. É essencial que a sociedade rejeite qualquer tentativa de revisão histórica que busque justificar atos autoritários e antiéticos do passado.
Na terça-feira, 12 de março, enquanto a tormenta das pesquisas desabava sobre o Planalto, Lira jantava com Bolsonaro e o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas na sede do PL.
Como prato principal do jantar, a articulação da candidatura do bloco de direita e extrema-direita para derrotar o próprio Lula em 2026.